terça-feira, 30 de agosto de 2011

ENTREVISTA IMPERDÍVEL: Benício del (burro)Toro é Che...



Imperdível a entrevista que a apresentadora e jornalista de origem cubana Marlen Gonzalez fez com o ator Benicio del Toro no programa Primer Plano, do canal 41 Noticias, de Miami. Benicio encarna, como se sabe, Che Guevara no filme Che, de Steven Soderbergh. A fita canta as glórias do Porco Fedorento. Marlen soma os dons do pensamento aos evidentes dotes da ventura. O homem começa toro e termina novilho. Ah, mas ele é só um ator. Errado! Esse rapaz andou cantando as glórias de Guevara mundo afora, com aquela frivolidade bem típica de certo tipo engajado.


Marlen dá início à entrevista indagando por que escolher Miami para lançar o filme, justamente uma cidade onde vivem tantos cubanos, vítimas do regime. É uma provocação? Toro balbucia uma negativa, um tanto apatetado. Marlen pergunta se uma fita exibindo o lado bom de Hitler não ofenderia 15 milhões de judeus e a memória de 6 milhões de vítimas. Assustado, ele diz que não crê que Guevara tenha feito campo de concentração. Pois é. Falta de informação, Toro. Vá estudar! O Porco criou o primeiro campo de trabalhos forçados da América Latina. Ela não deixa a peteca cair: Estamos falando de assassinatos. Não é igualmente assassino quem mata um, cem, cem mil Toro, tadinho, tenta ainda uma saída: comparou Che a um general num campo de guerra

Marlen lembra as opiniões favoráveis que Toro deu sobre Che e indaga se ela sabia que, à frente da prisão de La Cabaña, o dito revolucionário mandou fuzilar mais de 400 prisioneiros. E o que diz o valente? Sabia. Muitos dos que foram fuzilados eram terroristas Não, atalha Marlen: Noventa por cento eram presos de consciência. [morreram] Simplesmente por discordar do sistema nascente, por pensar diferente. E ele: Ah, não sabia disso E assim vai.

No arremate, Marlen lembra uma frase de Che: A ação mais positiva e forte, independentemente de qualquer ideologia, é um tiro bem dado, no momento certo, em quem merece. E presenteia o pobre Toro — àquela altura, só um bezerro gritando mamãe — com o livro Guevara: Misionero de la Violencia, do historiador cubano e ex-preso político Pedro Corzo.



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