segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A supremacia do ignorante

   Hoje em dia, pensar diferente causa problemas até mesmo na sua vida particular, mais precisamente, no seu próprio “lar, doce lar”, onde todos, estupidificados por novos conceitos e terminologias modernas, decidem o que é o certo e o errado da civilização contemporânea, claro que depois de aprender com o jornal nacional como está a economia e a política do País.


   Se começarmos a pensar diferente, abrir os olhos para certas coisas que nos rodeiam, nos tornamos chatos, quadrados, machistas, etc. o que vale mesmo é o agora, é o que EU quero e mais nada, discutimos cada asneira e abobrinhas, com pessoas que nunca leram um livro na sua porca vida - tirando os de auto ajuda é claro - pessoas sem condições nenhuma de programar um pensamento se quer, sentem uma dificuldade de juntar causa e efeito, e ainda assim pousam de grande coisa. Costumam usar argumentos dos mais abstratos possíveis e imagináveis para concretizar seus pseudos pensamentos, isso tudo baseado em “fatos reais”, fatos esses que foram devidamente assimilados depois de um belo capítulo da novela.

   Criou-se uma gana para querer dar a opinião abalizada sobre a vida alheia, que ninguém segura mais, por exemplo: como deve ser um relacionamento moderno a dois, que a independência simultânea do casal é o ponto essencial para o bem viver, seja do sexo que for e com quantos queira, pois aprendemos assim, a não nos incomodarmos com nada que, quando não é possível e não arda no nosso, não tem problema, é só terminar o relacionamento e catar outro parceiro por aí - claro que de preferência rico, não importando o sexo – Aí entra outro problema: como você adquire independência, se você nem mesmo consegue pensar com sua cabeça? E se tem um pouco de discernimento, você mal tem dinheiro para viver? Para quem não entendeu, respondo: A maneira para isso, digo, a procura de sua liberdade, é a famigerada cultura, conhecimento, estudo, mas não esse estudo que o Governo nos proporciona e empurra garganta abaixo, falo de um sistema de estudo pessoal, em que nenhuma universidade vai lhe proporcionar, contamos apenas com a ajuda de poucos pensadores que hoje em dia, obscuros pelo “establishment” que nos rodeia, banidos das universidades tão badaladas pela esquerda, e que ainda insistem a se preocupar com os outros, que não gostam tanto de estudar, assim como nosso ex-presidente Luiz Inácio, que não gostava de ler porque dava dor de cabeça.

   Imagino cheio de orgulho, o “ser” também conhecido por “analfabeto funcional” falando para si mesmo: “consegui alcançar a independência e o livre arbítrio”, ao mesmo tempo preocupado com quem vai ganhar a dança dos famosos, ouvindo uma música de quinta categoria e se preparando para gastar metade do que sobrou de seu soldo, indo ao estádio torcer pelo seu time, para quando chegar lá, debater o último capítulo da novela, (sic) onde o cara que ganha menos por lá, se comparado com o sofredor em questão, é um Sheik Árabe mais ou menos, o grande problema é que hoje se tornou chato ouvir conselhos dos mais velhos, ou de alguém que sabe mais sobre certo assunto, em que o alucinado insiste em debater, argumentos como “o filho tem que ser independente”, e ser independente hoje, na sua concepção é ter dinheiro no bolso para fazer o que quiser, não importando mais o modo de adquiri-lo, ele tem que ser contra seus pais, contra a geração anterior, para mostrar que é auto-suficiente, as pessoas se tornam contra os mais próximos a mostrar-lhes os valores e limites, contra o apoio familiar, cada vez há mais jovens de 30, 40, 45 anos morando com seus pais, dependendo deles, não porque gostam, mais muitos deles porque a situação não deixa mesmo, e alguns que conseguem se virar com o pouco que ganham, gostam de determinar como os outros deveriam agir, baseado em sua própria “experiência”, mal sabem eles o porque disso tudo, respondo novamente: voltamos na velha destruição da família, tão aclamada por certos comuno/socialistas por aí. O que vemos, é que, é muito bom viver assim, livre, leve e solto, achando bonito todo tipo de relacionamento, sem nem mesmo saber de onde vem certos movimentos, como disse, nos incutiram que é bom não ter responsabilidades, o problema é que algumas pessoas levam isso para toda vida, sempre vão reclamar de alguma coisa, mesmo tendo tudo ao seu redor, porque aquilo esta incutido na sua alma irão sempre achar que podem mudar o que vem sendo assim à gerações, pois não estão acostumados a ver ninguém mais experiente que ele mostrando como realmente é a vida. Quando analisamos a sociedade brasileira, percebemos que o povo, na sua imensa maioria, não tem dinheiro para nada, apenas trabalha para comer, alguns tentam comprar bens, mas dos poucos que conseguem, na sua grande maioria, não conseguem acompanhar os custos e acabam entregando o bem de volta. Humilhação está patrocinada pelo governo, que insiste em colocar a culpa nos grandes empresários do setor, que grande democracia essa!

   Criamos nossos filhos para o mundo, o mundo do sertanejo, do funk, dos realities shows, das periguetes, das mais pífias obras da cultura universal, parece que tudo que não presta nem nunca prestou é o que mais atrai a atenção do povão. O grande negócio é ser malandro, daí ele se torna respeitado perante seus pares. A que ponto chegamos? Nada de se admirar até agora, basta olhar a turma sem qualificação que nos governa e ouvir comentarista de futebol, dito jornalista, cagando regra de tudo que é assunto que lhe rodeia.

   Depois de debater certo dia com alguém, ainda dominado por essa “nova maneira” de se viver, chego ao ponto de ouvir: “aonde anda aquele antigo Rodrigo que conheci”? Aquele que era legal, divertido, que falava coisas bobas para todos? Fico triste em ter que responder, triste pelos outros que me perguntam, pois não gosto de ver ninguém sofrer, mesmo que seja apenas por sua ignorância, mas feliz que aquilo foi embora, ficou apenas a realidade dos fatos comigo, realidade essa que a grande maioria duvida e tem ódio mortal, tentando esquecer suas próprias frustrações pessoais, desejando que essa realidade seja no fundo, a que ele viu e sonhou, pois na TV é assim, ora bolas. Claro que algumas bobagens me acompanham, mas até mesmo as bobagens precisam de estudo e qualificação, pois não é qualquer um que pode contar uma história engraçada, nem fazer uma piada se quer, precisa saber contar. As pessoas odeiam saber a verdade, ela incomoda, mostra o quanto são fúteis. Escrevo esse artigo mais precisamente porque cansei, não aguento mais repetir sempre a mesma coisa e ninguém compreender o fundamento da questão, qualquer um se diz conhecedor de todos os assuntos disponíveis no mercado, e fico eu perdendo tempo com futilidades, tenho mais o que fazer, do que perder tempo com ofensas e adjetivos que não correspondem à conversa nenhuma, a não ser no hospício de repente, estou me tornando seletivo em certas ocasiões, mesmo sabendo que é uma guerra perdida, continuo na batalha, até o fim, mesmo se isso me custar certas amizades e certas paixões. Até a onde você está disposto a ir pela sua liberdade?

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